quinta-feira, 29 de março de 2012

Amarelinho dançarino

Ele se encontrava sobre a estreita marquise do 18º andar. Tinha pulado ali a fim de limpar pelo lado externo as vidraças das salas vazias do cunjunto 1801/5, a serem ocupadas em breve por uma firma de engenharia. Ele era um funcionário recém contratado pela Panamrericana - Serviços Gerais. O fato de ter se sentado a beira da marquise, com as pernas balançando no espaço, se devera simplesmente ao uma pausa para fumar metade de um cigarro que trouxera no bolso. Ele nao queria dispersar este prazer misturando - o com o trabalho. Quando viu o ajuntamento de pessoas lá em baixo, apontando mais ou menos em sua direçao, não lhe passou pela cabeça que pudesse ser ele o centro das atenções. do 18º andar, escutara -se apenas rugidos da multidao la em baixo. Mas subitamente uma pessoa se manifestou, gritando:
- Nossa gente! Olha aquele homem de amarelo la em cima!
E o funcionário ouviu e pensou:
- Eu tenho que fazer alguma graça,com toda essa gente olhando para mim!
E começou a dançar, dançou rebolation, o créu, algumas músicas sertanejas e jogou capoeira, mas quando o show ia começar, a policia avisa pelo mega fone para ele pular, naqueles colchoes inflaveis enormes. Bem nessa hora a música acabou, ele fez uns passos finais e saltou. Começou a agradecer o publico que o assistia.
Foi parar na delegacia, mas logo estava solto novamente.
Ele se chama Sérgio, mas ninguem o conhece por esse nome, e sim por "amarelinho dançarino do 18º".

Fugitivos da APAE

No último dia 13, cinco meninos de nomes Matheus, Junio, Kevin, Thiago e Tiago, fugiram da APAE (associação a pais e amigos excepicionais).
A ação foi registrada por vizinhos e câmeras de segurança.
Eles fugiram pulando um muro de 1 metro de altura. Quatro indivíduos pularam com sucesso, mas um dos indivíduos caiu de cabeça e se atrasou na fuga, porém logo se juntou ao grupo.
Contudo se esqueceram que essa unidade da APAE fica no meio do Atlântico Norte, e logo começaram a nadar.
Trinta barcos, dezessete helicópteros, e cinquenta seguranças começaram as buscas, porém o que eles não desconfiaram, era que os cinco indivíduos tinham habilidade para nadar po baixo da água.
Os cinco indivíduos estão foragidos e são procurados pela polícia.
Se encontrarem algum menino com down e que atende por um desses nomes, denuncie ou ligue para 190, 192 ou 193.

Crítica Social- Saúde Pública

Bom, todos nós sabemos que os hospitais públicos, estão em uma situação crítica. É só o povo ouvir falar em Santa casa ou em SUS, que já entram em estado de choque. Já começa com a fila que temos que enfrentar, várias pessoas aglomeradas, doentes, entre outros. E esse governo só tem conversa, falam que bancam tudo, mas o negócio deles é roubar, e roubam na cara dura.
Na minha opinião, o pior ladrão que existe é o político.
Na maioria das vezes, ocorre a corrupção, que é realizada por políticos desonestos, ou seja, todos.
Mas infelizmente, não posso fazer nada, apenas reclamar por meio de redações.
O problema é essa justiça que não faz nada, els prendem políticos importantes, que permanecem na cadeia por dois dias e saem, pois pagam fiança, mas quando é gente pobre, que não têm valor, que roubam uma caixa de leite para não morrer de fome, esses permanecem por muito tempo na cadeia.
Mas é essa a situação que temos que enfrentar, essa situação considerada crítica.

quarta-feira, 28 de março de 2012

Uma casa estranha

Certo dia, aluguei uma casa temporariamente, pois servira apenas para terminar meus estudos, em outra cidade.
Logo que cheguei à casa, me surpreendi, pois achei que iriam ter vários estudantes. Mas a minha ideia passou bem longe da realidade que iria viver.
Comecei a entrar na varanda, apenas teias de aranha e uma cadeira de balanço que se movimentava sozinha. A princípio pensei em correr, mas por questão de honra decide ficar e encarar o problema de frente.
E então, fui entrando. Logo na entrada, avistei aquelas armaduras de cavaleiro, que passavam a impressão de estarem se mexendo.
Nessa hora tentei correr, mas quando cheguei a porta, ela se fechou sozinha. Foi nessa hora que falei para mim mesmo que não iria fugir, iria enfrentar o problema.
Então, lembrei ter assistido uma reportagem dizendo que o seu medo alimenta os espíritos. E nessa hora, tomei coragem e comecei a entrar de vez nessa casa assombrada.
Na faculdade, sempre chamava colegas para virem até a casa para que eu não ficasse muito sozinho. Mas ninguém ia, pelo simples fato dessa casa ser conhecida por todos e ter uma má "reputação".
Bom, quatro anos se passaram, e enfim chega o dia de ir embora. Acabaram meus estudos.
Quando estava saindo, escutei uma voz monstruosa dizendo:
-Vai embora e nem se despede da pessoa que conviveu com você durante quatro anos?
Perguntei quem estava lá, mas ninguém respondeu.
Até que uma hora ele apareceu diante de meus olhos, tentei me comunicar, mas sem sucesso. Então, fiz uma oração para que ele achasse o caminho da luz e fizesse a travessia. Ele se foi e eu também para nunca mais voltar.

P.S: ESSA HISTÓRIA É BASEADA EM FATOS REAIS.

O homem cuja orelha cresceu

Estava escrevendo, sentiu a orelha pesada. Pensou que fosse cansaço, eram 11 da noite, estava fazendo hora extra. Escriturário de uma firma de tecidos, solteiro, 35 anos, ganhava pouco, reforçava com extras. Mas o peso foi aumentando e ele percebeu que as orelhas cresciam. Apavorado, passou a mão. Deviam ter uns dez centímetros. Eram moles, como de cachorro. Correu ao banheiro. As orelhas estavam na altura do ombro e continuavam crescendo. Ficou olhando. Elas cresciam chegavam à cintura. Finas, compridas, como fitas de carne, enrugadas. Procurou uma tesoura, ia cortar as orelhas, não importava que doesse. Mas não encontrou, as gavetas das moças estavam fechadas. O armário de material também. O melhor era correr para a pensão, se fechar, antes que não pudesse mais andar na rua. Se tivesse amigo ou uma namorada iria mostrar o que estava acontecendo. Mas o escriturário não conhecia ninguém, apenas colegas de escritório. Colégas, não amigos. Ele abriu a camisa e enfiou as orelhas para dentro. Enrolou uma toalha na cabeça como se estivesse machucado.
Quando chegou a pensão, a orelha saia pela perna da calça. O escriturário tirou a roupa. Deitou-se louco para dormir e esquecer. E se fosse ao médico?
Um otorrinolaringologista. A esta hora da noite? Olhava o forro branco. Incapaz de pensar, dormiu em desespero.
Ao acordar resolveu ir ao médico, pois havia amanhecido o dia.
Quando chegou ao consultório, disse ao médico tudo que se passava. A princípio , o médico olhou para ele e teve a impressão de que o rapaz estaria louco.
E foi exatamente o que o médico fez. Perguntou se o rapaz era louco, e o rapaz lhe pergunta porquê.
O doutor lhe fala que suas orelhas estavam em perfeito estado.
O homem saiu do médico furioso dizendo que gastou dinheiro à toa! Começa-se aí, uma história de terror. Só o homem via suas orelhas crescendo, mas para todos que ele perguntava, a orelha estava em tamanho normal. Mas com o passar do tempo, esse caso foi parar num psiquiatra.
O homem trabalhava muito, e ganhava pouco, e esse trabalho pesava mais a cada dia.
Ninguém via, mas para o homem, sua orelha media vinte metros. Todos viam o cansaço, mas não sua orelha.
Ele começou a ficar louco, e sem mais nem menos, pegou uma arma, colocou o cano na garganta, e atirou.